Hoje eu quero abordar um dos assuntos mais importantes para um produtor de conteúdo que é o SEO, abreviação para Search Engine Optimization ou, se preferir, “otimização para mecanismos de buscas” em tradução livre.

Escrever um texto não é tão difícil assim. Produzi-lo com qualidade de escrita e, principalmente, atendendo aos critérios técnicos que permitam o seu uso adequado dentro de uma estratégia de marketing digital já é outra história. E, se você quiser ser um profissional de destaque na nossa área, precisa dominar por completo o SEO.

O que é SEO?

Search Engine Optimization é um conjunto de técnicas e estratégias que visa otimizar um determinado conteúdo para os mecanismos de buscas, os quais têm o Google como grande destaque e centralizador das pesquisas.

Embora o mais comum seja que as técnicas de SEO apareçam em artigos, elas podem ser utilizadas em diferentes formatos de conteúdo como vídeos, landing pages, blogs, sites, etc.

Vale lembrar que um mecanismo de busca tem como função organizar todos os conteúdos disponíveis na internet e, posteriormente, entregar aos usuários as melhores soluções. Para isso, esses sites (além do Google também são bem conhecidos o Yahoo e o Bing) utilizam de algumas dezenas de critérios.

Como o Google funciona?

O ranqueamento no Google, especialmente na primeira página, é a “galinha dos ovos de ouro” da produção de conteúdo. Mais do que simplesmente um status, essa posição representa uma enorme quantidade de cliques, visitas e, o mais importante, visibilidade. E tudo isso sem precisar investir em anúncio, gerando o que chamamos tecnicamente de tráfego orgânico.

O funcionamento do Google (e dos demais mecanismos de buscas) pode ser dividido em três atividades básicas:

  • Rastreamento: Identificação de todas as páginas da internet.
  • Indexação: validação das informações existentes nessas páginas — como data, conteúdo, tamanho do texto, título, etc.
  • Entrega de resultados: apresentação dos melhores resultados para uma pesquisa do usuário.

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Quais são os tipos de pesquisa realizadas no Google?

Para trabalhar bem as técnicas e ferramentas de SEO, você precisa entender como o usuário faz uma busca no Google. E ela pode ocorrer, em suma, de duas maneiras principais:

  • Pesquisa informacional: é uma pesquisa em que o usuário busca por uma informação, geralmente contendo uma pergunta como palavra-chave. Ele ainda não sabe o que deseja encontrar nessa categoria de pesquisa.
  • Pesquisa navegacional: em alguns casos, o usuário pode saber o site que deseja, mas não se lembra da URL. Então, ele pode digitar o nome do site e uma palavra-chave para encontrar a sua resposta. Esse usuário, ao contrário do primeiro, já sabe exatamente onde quer chegar com a busca.

Para o trabalho de marketing de conteúdo, o usuário ideal é a pesquisa informacional. Isso porque, como ele não sabe qual a sua resposta inicialmente, as chances de acessar o seu site após encontrá-lo como resultado aumentam consideravelmente. Na pesquisa navegacional, o destino já é predefinido, dificultando a captura de atenção.

Quais são as principais técnicas de SEO?

Agora sim, com toda explicação sobre Search Engine Optimization feita, nós podemos entrar na parte mais prática (e importante) dessa aula: os critérios essenciais que um conteúdo deve apresentar em termos de SEO.

Vale destacar que o Google está constantemente atualizando esse fator e, portanto, ao longo do tempo podem surgir novos critérios. Atualmente, a plataforma usa de mais de 200 fatores para ranquear os resultados e é simplesmente impossível dominar todos eles. Focando nos pontos que abordaremos na sequência, você já será capaz de produzir conteúdos realmente otimizados.

Palavra-chave

O primeiro ponto de atenção é a palavra-chave que será trabalhada no seu conteúdo. Em algum tempo recente, as empresas apostavam em uma repetição intensa — algo que, de fato, funcionava muito bem. Como talvez você tenha percebido, o verbo está no passado.

Hoje em dia, o Google é cada vez mais semântico. Assim, se você trabalhar sinônimos da palavra-chave, a ferramenta identificará o tema e fará a correta indexação do seu conteúdo. Ademais, a repetição exagerada de um termo não torna a leitura fluida, aumentando a chance do leitor abandonar o site.

Portanto, a primeira dica é: use a palavra-chave sempre que possível (título, subtítulos e ao longo do texto), mas sem exageros. Busque sinônimos que permitam um bom trabalho sobre o termo sem torná-lo exaustivo ao leitor. Veja um exemplo disso logo abaixo.

PALAVRA-CHAVE SEO

Título

O título é outro ponto extremamente relevante no processo de SEO e, como já mencionei, você precisa obrigatoriamente que a sua palavra-chave esteja aqui. De preferência logo no começo, como fiz abaixo quando trabalhei um post sobre “viés cognitivo”.

dica título SEO google

Para dar outro exemplo, suponha que você queira focar no termo “trabalho freelancer”. Neste caso, usar um título “Trabalho freelancer: saiba onde encontrar” é melhor do que “Saiba onde encontrar um trabalho freelancer“, pois a sua palavra-chave aparece logo de cara tanto para o leitor, como para o próprio Google.

Além disso, evite títulos muito longos. O ideal é que não passem de 55 caracteres e sejam objetivos sobre o que o leitor encontrará no conteúdo. Nada impede o uso de títulos extensos, mas eles simplesmente serão cortados pelo Google pelo seu limite. Assim, deixar a sua palavra-chave para o final pode fazê-la nem aparecer para o usuário.

Heading tags

As heading Tags são subtítulos. Elas têm por função “quebrar” o texto, facilitando a divisão do conteúdo em tópicos e auxiliando o leitor a encontrar os trechos que mais interessam à busca realizada. Aqui, busque manter uma hierarquia que permita a identificação da ordem do texto.

Nesta aula, por exemplo, nós temos “quais são as principais técnicas de SEO” como H2 (subtítulo 2) e, dentro dele, até aqui, outros três tópicos como H3 (subtítulo 3): “palavra-chave”, “título” e “heading tags”. Isso significa que os três tópicos citados estão agrupados dentro do tópico de técnicas de SEO, apresentando a sua hierarquia.

Por fim, não se esqueça de colocar a sua palavra-chave ao menos uma vez nos subtítulos, preferencialmente em uma heading tag que seja um H2.

heading tags subtitulo legibilidade

Conteúdo

Não podemos falar sobre posicionamento de um conteúdo e não fazer menção à qualidade oferecida, certo? Esse é, talvez, o principal cuidado que você deve ter ao produzir um texto. No longo prazo, caprichar no texto pode trazer excelentes resultados para você ou para o seu clientes.

Por qualidade, englobe também a densidade. O Google avalia muito bem textos longos, acima de 2.000 palavras. O entendimento é que textos longos são mais completos, oferecendo maior riqueza de informações ao usuário.

URL

Talvez você nem perceba durante uma navegação, mas todo site tem um endereço específico: a sua URL. E, o que talvez seja ainda mais surpreendente, ela conta muitos pontos para SEO. Isso vale especialmente para a parte do link que remete ao seu conteúdo, chamada tecnicamente de slug.

O ideal é que a URL de um conteúdo contenha apenas as palavras essenciais, retirando termos desnecessários — como as preposições. Se você tem um texto cujo título é “Uma lista das melhores escolas em formato EAD”, por exemplo, a sua slug poderia ser: melhores-escolas-EAD.

Além disso, como talvez você tenha percebido, as palavras devem ser separadas com hífen. No caso do WordPress, existem plugins que permitem facilmente a correção deste e de outros pontos listados neste artigo. É o caso do Yoast SEO.

Links

Outro ponto extremamente importante para SEO está no trabalho de links. Aqui, podemos dividi-los em dois grandes grupos.

  • Link interno: são links adicionados em palavras que levam para outros conteúdos do seu próprio site.
  • Link externo: são links adicionados em palavras que levam para conteúdos de outros sites.

O ideal é trabalhar com ambos. Os links internos permitem que o seu usuário se mantenha no seu site, conferindo outros artigos. Vale lembrar que o tempo de permanência em um domínio é um dos critérios de qualidade avaliados pelo Google na indicação (ou não) de um endereço online.

link interno otimização

Já os links externos podem ser úteis para confirmar dados (como pesquisas) ou reforçar um conceito apresentado ao leitor. Em ambos os casos, utilize a abertura em nova guia, evitando que o usuário saia do site e impacte a sua experiência de leitura.

link externo pesquisa

Meta-descrição

Você já percebeu que ao fazer uma pesquisa no Google cada resultado apresenta um texto resumo logo abaixo? Esse texto é justamente a meta-descrição e tem por intuito justamente apresentar o que o usuário encontrará ao abrir aquela página. Além disso, é recomendável que a palavra-chave apareça por aqui também.

Caso você não faça a configuração do seu texto de meta-descrição, o Google irá apresentar o começo do artigo. Também por isso, outra boa prática é colocar a sua palavra-chave logo no início do texto, preferencialmente na primeira frase.

resumo meta descrição

Imagens

Pensou que apenas o texto era capaz de otimizar um conteúdo para os mecanismos de buscas? Pois errou! As imagens também precisam de atenção especial. Em primeiro lugar, o nome do arquivo deve conter a palavra-chave inserida.

E, o que é ainda mais importante, você deve configurar o Alt Text dessa imagem com a palavra-chave que deseja trabalhar. Assim, lá no Google Imagens, o nosso usuário pode acabar chegando até o seu site ao olhar para as fotos ao invés de buscar pelos resultados tradicionais.

Outros aspectos

Lembra-se de que comentamos sobre os mais de 200 fatores analisados pelo Google? Pois é: são realmente muitos e seria impossível abordar todos — até mesmo porque eles são constantemente atualizados e modificados.

Os tópicos que abordamos aqui são aqueles com maior importância sobre a atuação de um produtor de conteúdo. Para finalizar, vou deixar aqui a lista de alguns outros fatores bastante relevantes, mas que dependem mais de questões técnicas do que propriamente do conteúdo de forma isolada.

  • Autoridade do domínio
  • Tempo de permanência na página (retenção)
  • Velocidade de carregamento
  • Layout responsivo (adaptável para outras telas)

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