No ato de formalização da própria atividade, muitos freelancers optam pela constituição como microempreendedor (popularmente conhecido como MEI). Existem alguns motivos para isso — principalmente em função do imposto fixado, sem impactar tanto no faturamento que, neste modelo, não costuma ser dos mais elevados.

Ser MEI acaba por ser um bom diferencial na hora de conseguir oportunidades, especialmente se você quiser trabalhar com empresas (para as quais será necessário fazer a emissão de nota fiscal, outro dos motivos pela escolha desse formato). Além disso, transmitirá um grau de profissionalismo maior para quem fizer consultas sobre o seu trabalho.

No entanto, por mais simples que seja esse formato de empresa, alguns detalhes acabam passando batido na organização financeiros dos profissionais independentes. Portanto, vamos conferir hoje algumas dicas de finanças para MEI.

As melhores 4 dicas de finanças para MEI

Caso seja freelancer e use de outro modelo, não tem problema. Muitas das dicas valem mais para o modelo de trabalho do que ao regime fiscal da sua empresa. E, claro, se ainda estiver na informalidade e queira dar o próximo passo, o Portal do Empreendedor tem todas as etapas para a formalização como MEI.

Sem enrolação, vamos então conferir algumas dicas de finanças para MEI pensando na sua rotina profissional como microempreendedor.

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Dica #1 • Organize o pagamento do seu DAS

O principal compromisso que um MEI assume com o governo é o pagamento do DAS. Esse é nome dado ao imposto pago pelo microempreendedor. Em 2020, o valor para serviços, que é o caso da maior parte dos profissionais independentes, era inferior a R$60.

Ainda que não seja um valor alto, é fundamental que você não deixe de pagá-lo até a data de vencimento, evitando problemas de multas. Para isso, pode-se tanto emitir todos os boletos do ano e já deixar os pagamentos agendados, como criar lembretes automáticos (no celular ou no e-mail, por exemplo) para não se esquecer de honrar o compromisso.

Para amantes dos aplicativos, o MEI Fácil permite rápida obtenção dos boletos e pagamento pelo seu banco de preferência. O importante é não perder as datas de vencimento.

Dica #2 • Mantenha um planejamento financeiro atualizado

dinheiroToda organização trabalha com um planejamento financeiro. Por que seria diferente para um freelancer que, afinal, acaba por seu a sua própria empresa?

O primeiro ponto a cuidar é que todas as suas finanças (pessoais e profissionais) precisam de organização. Isso pode ser feito, por exemplo, em uma planilha do Excel ou do Google Sheets. É fundamental que, ao menos uma vez por mês, exista o acompanhamento entre o que foi planejamento e o que foi efetivamente gasto (projetado x realizado).

Desta forma, fica fácil perceber se você pode ou não fazer aquela compra especial ou uma viagem para relaxar naquele feriado sem comprometer as suas finanças. Sem ter essa base de dados com todos os seus gastos projetados, fica fácil se perder com o passar do tempo.

Nesse processo, não deixe de considerar também o longo prazo. Isso porque, como sabemos, todo freelancer acaba sofrendo com as oscilações de mercado. Com um bom planejamento financeiro, os efeitos dessa situação são mínimos.

Dica #3 • Crie metas como estímulo pessoal

Juntamente  ao planejamento financeiro, você pode criar também metas e objetivos. Essa é uma boa forma de estimular a sua produtividade e, ao mesmo tempo, gerar um esforço extra para economizar e alcançar reservas financeiras que podem tanto permitir a realização de sonhos, como ajudar a gerar estabilidade para momentos de maior oscilação.

Um caso típico de meta é a de salário mensal. Ela diz respeito ao valor médio de ganho que você tem ao longo de um ano. De preferência, tenha gastos médios bem abaixo desse valor, pois significará que o seu fluxo de caixa está saudável.

Particularmente, também gosto de definir uma meta de valor que tento economizar mensalmente. Nem sempre ela é alcançável, mas ter esse parâmetro me ajuda a organizar melhor meus gastos em função dos projetos que vou conquistando ao longo do mês.

Para definir suas metas, não deixe de conferir o artigo que fizemos para 2018 abordando aspectos que devem ser levados em consideração na formulação dos principais seus objetivos. Ele é focado em metas de final de ano, mas os conceitos valem para qualquer situação semelhante.

Dica #4 • Não se esqueça de emitir as notas fiscais

Documento íconeUma grande vantagem de ter um CNPJ é poder emitir notas fiscais e trabalhar com empresas. Esse tipo de parceria exige a emissão de notas fiscais e você deve fazê-la com cuidado para evitar problemas na hora de declarar o seu Imposto de Renda.

A sugestão é, assim como no caso do DAS, selecionar um dia do mês para fazer todas as emissões necessárias. Dê preferência ao começo do mês, pois assim será possível realizar correções em casos de erros simples. Ao deixar para a última hora, você pode ultrapassar a data limite de ajustes e cancelamentos das notas fiscais.

Por fim, ainda sobre esse assunto, temos a aula do Curso Conexão Freelancer sobre planejamento financeiro que, afinal, tem sugestões que se encaixam perfeitamente a um MEI, independente da área de atuação.

E você? Tem alguma dica de organização financeira que faltou nesse artigo? Compartilhe conosco pelos comentários. =)

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